O marketing sempre foi uma das áreas mais impactadas por mudanças tecnológicas. O ciclo de atualização de ferramentas, métricas e formatos se acelerou, e o estrategista de marketing já se habituou a acompanhar esse ritmo. A diferença agora é que a IA não representa apenas uma nova ferramenta, mas sim uma virada de paradigma.
Sem dúvida, a Inteligência Artificial muda o processo decisório, o fluxo criativo e até mesmo a forma como compreendemos o papel do estrategista de marketing na construção de valor para marcas e audiências. Segundo a SurveyMonkey, 90% dos profissionais do setor já usam IA no dia a dia para tomada de decisão mais rápida.
Ou seja, a Inteligência Artificial já faz parte do cotidiano do marketing. Mas se você ainda tem dúvidas sobre como transformar tudo isso em decisão estratégica, este artigo vai te ajudar a entender o que muda para quem está à frente dos planejamentos de comunicação.
Quando foi a última vez que você tomou uma decisão de marketing sem consultar dados? Conduzir estratégias sem esse suporte se tornou inviável. Se antes eram os relatórios que nos guiavam, hoje a IA organiza, sugere e até antecipa nossos próximos passos. Ela escreve, segmenta e propõe.
Mas para que a IA realmente entregue resultados relevantes, não basta ter dados, é preciso garantir a qualidade, segurança e o uso estratégico dessas informações. O impacto vai além da performance: envolve também equipes mais preparadas para aplicar a tecnologia em campanhas e diferentes casos de uso.
Segundo o relatório IAB State of the Data 2025, o uso da inteligência artificial no marketing ainda é, ainda que tímido, expressivo: apenas 30% das agências utilizam IA em todo o ciclo de campanha. No entanto, metade das agências, marcas e publishers espera alcançar esse nível até 2026.
Mesmo que o avanço seja gradual, os dados revelam um grande potencial que as tecnologias generativas de IA têm para transformar, em breve, a forma como o marketing digital é pensado e executado.
Mas diante de tanta automação, quem está pensando por trás dessas entregas? A IA pode sugerir caminhos, mas não entende o posicionamento da marca, as dinâmicas dos clientes nem as prioridades do board. O estrategista de marketing continua sendo a ponte entre a tecnologia e a inteligência de negócio.
Seja qual for o tamanho de uma organização, é preciso mapear e entender qual o ritmo que uma empresa é capaz de assumir ao adotar a inteligência artificial no marketing. De acordo com o Gartner, é preciso priorizar três áreas principais para alcançar resultados de IA, independente da área a ser implementada:
Soluções de Inteligência Artificial ganham cada vez mais espaço para automatizar tarefas operacionais, como entregas repetitivas e análises manuais. Mas o profissional que pensa estratégias precisa agora decidir o que automatizar e onde a inteligência humana ainda faz diferença.
Diante desse cenário, a IA está modelando um novo perfil de profissional: mais eficiente, ético, atento a vieses e que usa a abordagem data driven para integrar dados de inteligência artificial às estratégias criativas de comunicação.
Não se trata apenas de dominar ferramentas. O novo perfil do estrategista de marketing precisa desenvolver:
Segundo o Fórum Econômico Mundial, 59% dos trabalhadores precisarão se requalificar até 2030, impulsionados principalmente pelos avanços tecnológicos. Longe de encarar esses dados como ameaça, o estrategista de marketing precisa enxergar a IA como uma nova oportunidade de alavancar sua empregabilidade e capacidade de adaptação.
Criatividade, julgamento e o valor do humano
A IA pode acelerar entregas, mas ainda não substitui criatividade, empatia e leitura de contexto. Ser criativo não é apenas combinar palavras. É interpretar sinais culturais, antecipar movimentos do mercado, entender o que realmente comunica.
Mesmo com ferramentas incríveis, ainda é o estrategista quem identifica o que emociona, o que engaja e o que gera significado. O julgamento humano continua sendo essencial.
Usar a inteligência artificial no marketing apenas como um atalho pode funcionar no curto prazo, mas o risco é perder relevância. Volume não é estratégia. Publicar conteúdo genérico, produzido 100% por IA, pode gerar ruído e desconexão com o público, principalmente quando direcionamos os usos para a comunicação B2B.
Mais do que saber usar prompts, é preciso saber fazer as perguntas certas. Porque a IA responde com base no que recebe. E se a pergunta for rasa, a resposta também será.
Entre dados e decisões, o protagonismo ainda é humano. À medida que a IA evolui, o papel do estrategista de marketing se fortalece. Profissionais que desenvolverem essa consciência agora sairão na frente quando o uso da IA deixar de ser diferencial e passar a ser pré-requisito. A inteligência está nos dados. Mas a diferença está no que você faz com eles.
Com larga experiência em empresas tech, a Vianews possui uma abordagem de uso da inteligência artificial de maneira transparente e responsável. Internamente, temos um squad dedicado à IA para análises de ferramentas AI-based, sempre com prioridade à segurança de dados em todas as nossas operações.
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